Ora que me vejo
Percevejo
Das flores do teu quintal
Nascendo em teu peito
Tal feito, mal sinal.
Acordo com sol poente
Carente, escorrego entre teus entes
Me escondo nos seus dentes
E até na mente (?) se ela existir
Faço coexistir amor
Atormentado pela cor da flor
Vou me fantasiar
No carnaval da tua indiferença
E me vestir de crença
Onça pintada de desejo
Roubei-lhe o ar
A vontade de chorar
E você não me soube amar
Ao meu patamar
Patamares
Invadi a tenda dos milagres
Subterrâneos
Instantâneos
Cutâneos
Coração amaldiçoado
Velas, cachimbo, um pequeno trago
Duas doses de carinho
Ser assim, um vento sozinho, cochilando no mato
Reencarnado em cada ato
Desnudado
Pau mandado
Perfume meu que fica no cajado
Da tua ignorância
Abundância
Só se for de insensatez
Não me quis mais uma vez
E no teu seio me assentei
E me calei
Esperando tranquilamente
A intranquilidade
E ao passo do assobio
O sabiá me contava
E retratava
Que não se tratava de paixão fulgurante
E sim dum amante
Que outrora abrira as portas cegas do meu espírito
E naquilo, vi meu peso arroubar alguns quilos
No fim do mês
Trata-se da embriagues
De um coração amaldiçoado
Que no primeiro encontro
Fez um conto
Escrito por lágrimas vazias
Em noite de luar
Onde a viola me dizia
Porque é que devo amar (.)
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